Eu


Enyály Baby Poletti

Cozinheira

Sou publicitária, gosto de cinema e fotografia, adoro gente inteligente, divertida e generosa. Tenho uma legião de amigos, crédulos, incrédulos, inteligentes, medianos, bem e mal humorados, talentosos ou sem talento, anormais ou normais... Sei que não precisava dizer, mas não custa reforçar: adoro cozinhar e comer. Melhor ainda, acompanhada de bons amigos.


Consuma alimentos sem veneno

Despertar para a Cozinha
Nasce a Bruxa Diante do caldeirão


Cozinhar é diversão

Na infância e na adolescência, comida para mim era arroz, batata frita e carne. Tinha repulsa aos apelos saudáveis que as mães fazem pelo consumo de verduras, legumes, peixes. Feijão eu até comia, mas obrigada por uma “recomendação” paterna mais veemente. Provar algo que tivesse uma aparência diferente de um bife de frango ou de boi, de uma linguiça ou de um ovo frito, nem pensar. As coisas começaram a mudar quando sai de casa, já pelos vinte e poucos anos. A educação mais rígida dos Poletti, que tratava como desrespeito ou indelicadeza escolhas e cara feia em mesas alheias, surtiam efeito e abriam, na marra, meu leque de pratos comíveis.

Assim, meio sem querer, comecei a descobrir um mundo maravilhoso de sabores e combinações. Descobri também a minha capacidade de mudar ou rever conceitos e de me reinventar.Como sempre adorei e dei muita importância a provocar as pessoas, percebi que a comida era uma forma adorável de ver o mundo e de destruir conceitos. Adoro a desconstrução. Envolvida por essas percepções e pela minha vontade e vocação para experimentações, saltei do mundo dos que pilotam o fogão, em momentos desesperados de fome ou de racionalidade, em busca de um dificílimo ovo frito, para pratos mais sofisticados, mas derivados do dia a dia. Confesso um certo exibicionismo. Com pequenas mudanças nesse cotidiano da cozinha, inventei um pouco ali e aqui, fiz amigos de cobaia e, acreditem, aumentei muito o meu leque de amizade. A fama das minhas misturas, que passei a chamar de orgias gastronômicas, se espalhava, mais grupos se aproximavam e o meu prazer de surpreendê-los, à mesa, aumentava muito. Era o mundo perfeito: boa comida, boa bebida, bons amigos e boa companhia. Aprendi a seduzir com a comida - dizem que podemos ganhar um amor pela boca e eu acredito mesmo nisso. Fiz homenagens, diverti a mim e aos outros e tornei conhecida e procurada as orgias gastronômicas da Baby, reproduzindo um dos prazeres maiores da humanidade, mesmo antes da invenção da mesa.
Criei este Blog para compartilhar o meu prazer de cozinhar, de comer e de beber, de reunir os amigos, de surpreender e, principalmente, para expressar minha paixão pela cozinha. Mas, por favor, não espere respostas embasadas na técnica aprendida nas escolas de culinárias. Não domino a ciência, toco de ouvido e estou mais para uma bruxa diante do caldeirão. E vou adorar ajudar a revelar novas bruxas e bruxos por aí, capazes de reunir em torno deles uma pequena legião de amigos ávidos pelo prazer da mesa. Todas as receitas aqui publicadas foram testadas e nada vai para o blog sem ter sido provado por mim e por amigos exigentes. Quem sabe essa experiência acabe em um livro de receita, construído aos poucos. Para o prazer dos leitores, vou unir às minhas experiências na cozinha, também a dicas de literatura e de cinema que abordem o mundo da gastronomia. Espero diverti-los, tanto quanto a mim mesmo. Por favor, comentem, indiquem e participem desta brincadeira.


Alimentar não é comer. A alimentação é um ciclo de respeito.